Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Os Paralamas do Sucesso

Os Paralamas do Sucesso - Severino (1994)

 Lançado em 1994, o sétimo disco d’Os Paralamas do Sucesso entregava suas influências já no nome: “Severino”. Paraibano de nascença, Herbert Vianna mirou a saga do retirante nordestino escrita pelo poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto para mostrar que muito pouco, ou quase nada, havia mudado desde o lançamento do poema “Morte e vida severina” em 1955. Herbert e seus parceiros, Bi Ribeiro e João Barone, ousaram na produção musical, apresentando um trabalho sofisticado que, por abrir mão de melodias e refrões mais palatáveis, não foi bem recebido por parte da crítica e do público. A estranheza começava pela capa de “Severino”, que reproduzia um manto bordado pelo artista plástico Arthur Bispo do Rosário, representando um homem cercado por nomes de órgãos e partes constituintes do corpo humano e, abaixo, a frase “Eu preciso destas palavras ‘escrita’”. Interno da antiga Colônia Juliano Moreira, onde viveu por mais de 50 anos, o sergipano Bispo do Rosário também era um retirante,

Os Paralamas do Sucesso - D (1987)

O quarto disco do Paralamas era uma celebração à novidade que representava a própria banda, no também novo cenário brasileiro. O rock tinha tomado o país, e tomava agora a tradicional noite brasileira do festival de Montreux, na Suíça, na época uma das mais importantes festas da música internacional. Só lá era possível saber o que acontecia em boa parte do mundo e se inspirar com as cores do que os gringos começavam a chamar de world music… O show encerrava uma bem-sucedida turnê, a de “Selvagem?”, que conciliou êxito de vendagens e de crítica. Portanto, o que se ouvia era uma fotografia sonora de uma banda feliz da vida com os rumos que a música a ela reservou. Havia espaço para cantar Jorge Ben, para citar João Bosco e Titãs, e ainda enfileirar clássicos instantâneos como Óculos, Ska e Meu Erro. Além da alegria pelo bom momento, a viagem à Europa – a primeira da banda ao continente – foi precedida por uma temporada de ensaios e imersão no sítio de Bi, em Mendes, no interior do estado