Kitembo, ou Tempo, como é mais conhecido no Brasil, é a divindade congo-angolana do tempo em todas as suas dimensões. O tempo que corre alheio aos homens, o tempo cíclico das estações, o da maturação das sementes e da colheita, o do crescimento das crianças. Kitembo é representado pelo baobá, irôko, gameleira branca: árvores que evocam a permanência, a aglutinação do grupo e a continuidade da vida pela lembrança dos ancestrais. No encontro entre Maria Bethânia e Zeca Pagodinho, Kitembo é o Samba, elo que liga Santo Amaro, recôncavo baiano de Maria, a Xerém, quintal sonoro de Zeca. O início desse encontro foi à gravação do CD/DVD “Quintal do Pagodinho”, em 2016. Na ocasião, os dois cantaram “Sonho Meu”, de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho. A partir de então, a ideia de um trabalho conjunto foi ganhando força e se consumou em 2018, com o espetáculo que lotou casas de shows em algumas capitais no início do ano, foi registrado em CD/DVD nos dias 18 e 19 de maio no Citibank Hall/SP, que es