No meio de uma safra extraordinária – Expresso 2222, Araçá Azul, Clube da Esquina, Acabou Chorare, entre outros – ‘’bem’’ marca o apogeu de Jorge Bem Jor como alquimista de ritmos, um explorador da impensada fronteira entre samba, blues e soul. Uma obra-prima das possibilidades pop do violão, repleta de harmonias e hipnotizantes e fusões inesperadas – por exemplo, a música indiana, samba e blues na primeira versão de “Taj Mahal”, basicamente um número instrumental ancorado por um refrão hipnótico – “Ben” traz baladas soul docemente sensuais (Moça, que nega é essa?) e coquetéis rítmicos irresistíveis - Incluindo “Filho Maravilha”, sua ode a Fio, o esotérico craque do Flamengo nos primeiros 70 e a “dylanesca” “As rosas eram todas amarelas”, prenúncio de muitas outras viagens por vir. O letrista Jorge acompanha a excelente forma de Jorge, o músico e compositor, ao mesmo tempo surreal (O circo Chegou), filosófico (Paz e arroz, caramba) e lírico (Moça). Faixas: ...