A ideia de cantar o Nordeste pelo afeto e pelo abraço de seus grandes e contemporâneos poetas, músicos e arteiros da festa, não só realiza um sonho antigo como atesta o amor: canteiro florido que carrego no peito pela música e pelo meu povo. Disco repleto de xotes e baiões, choro e canções, bordado em chitas e enfitado de fitas a colorir nossas festas, coroando de alegria nossos corações. Na dor ou na alegria, sempre procurei fazer do meu canto o meio mais seguro e salutar de reverenciar essa grande nação nordestina, minha eterna fonte de inspiração. Neste ano em que comemoro 30 anos de carreira, meus olhos buscam mais uma vez o infinito de suas paisagens áridas, mas perfumadas de esperança. Diante de um mercado urgente e displicente, torna-se alimento eficiente a sanfona, a zabumba e o triângulo, mestres de cerimonia nesse cardápio de saborosos instrumentos, tradução eterna do nosso próprio retrato. A sanfona está nas mãos de um jovem e brilhante músico, Cezzinha Thomaz, também produt