O disco é uma das mais belas traduções artísticas do cancioneiro nordestino e um marco importante e definidor de tudo que se desenrolava na região como proposta renovadora, concebido com um tratamento extremamente sofisticado, mesclando temas folclóricos e canções tradicionais calcadas num instrumental artístico com efeitos percusivos modernos e inovadores, caracterizados por uma acentuada representação de ritmos e gêneros musicais do Nordeste brasileiro. No repertório destacamos “Asa Branca” de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, considerada pelo Rei do Baião como a mais bela e definitiva interpretação de sua música, hoje antológica, “Acauã” de Zé Dantas, “Marcha nativa dos ìndios Quiriris” e “Roda de ciranda”, adaptações de Marcelo Melo e Toinho Alves e “Freviola” de Marcelo Melo. Trata-se de um trabalho que abriu as porteiras da musica nordestina para o resto do país numa época difícil em que quase tudo era proibido menos o talento e a capacidade criadora do artista brasileiro. (Fonte