O disco de 1989 não tem título, a não ser o próprio nome do autor. Entretanto, o trabalho acabou ficando conhecido como: “aquele do ‘Oceano’”. Não que o resto das canções não tenha importância. Muito pelo contrário. Trata-se de um dos melhores conjuntos de canções já reunidos por Djavan. É que “Oceano” é considerada a canção perfeita: em forma e conteúdo, em música e em letra, na riqueza melódica e harmônica que não impede que a música grude no ouvido, na empatia que ela tem, ao mesmo tempo, com os especialistas e com o grande público. Mas o disco tem mais. Há, por exemplo, um forte clima espanhol – que pode ser ouvido no solo de Paco de Lucia, maior violonista flamenco do mundo, em “Oceano” e – nas faixas “Vida real” e “Cigano”, canção pop típica do artista que fez grande sucesso. Este trabalho tem também a volta de Djavan à temática indígena. Em “Curumim” ele explora a sonoridade da própria música indígena, de forma mais lúdica, encenando um diálogo entre dois indiozinhos,...