Se Gal foi o disco mais descaradamente roqueiro da cantora, LeGal é o mais bem urdido e mais sintético dos álbuns desta fase. Sem abandonar a abordagem roqueira, Gal se afasta das tonalidades rústicas e estridentes do disco anterior para nos dar uma obra redonda, sintética e pop. Da abertura clássica, com uma versão furiosa de “Eu Sou Terrível”, mais uma faixa de Roberto e Erasmo num disco de Gal, movida a metais em brasa, à evocação dylaniana de “London, London”, de Caetano Veloso, ou ouvinte é levado por diferentes paisagens, que incluem a estranha e bela síntese de blues e samba de The Archaic Lonely Star Blues, de Jards Macalé e Duda, o lindíssimo blues da mesma dupla, “Hotel das Estrelas”, o jazz tradicional de “Love, Try and Die”, com um coro superstar que incluía Tim Maia e Macalé, o blues com órgão, “Minimistério”, de Gil, e a releitura de Luiz Gonzaga em “Acauã”. Faixas: 01. Eu Sou Terrível 02. Língua Do P 03. Love, Try And Die 04. Mini-Mistério 05. Acauã 06. Hotel Das Estrela