Depois da fase de boates e pequenos teatros, Bethânia partiu para espetáculos mais ambiciosos e platéias maiores. Rosa dos Ventos (1971), que originou este disco, selava definitivamente a feliz parceria da cantora com o diretor Fauzi Arap, num estilo de espetáculo bem teatral, entremeando textos e canções populares de várias épocas e estilos. Nele, a cantora declamava pela primeira vez Fernando Pessoa e cantava jóias de letras ora enigmáticas, como as caetânicas Janelas abertas nº 2 e (Objeto) Não identificado, ora mágicas, como Doce mistério da vida, Minha história e um pot-pourri de canções praieiras. Apesar de mal gravado e de picotar o roteiro original do show, este disco foi seu LP mais vendido até então por ser um documento histórico deste espetáculo que exprimiu o sentimento de toda uma geração, causando uma verdadeira catarse no público, e mudou até mesmo o conceito de “shows de cantores” que se tinha até então no Brasil. Antológico. Faixas: 01. Assombrações 02. O Tempo e o Rio